quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012



No último mês de Janeiro, o Rotary Club de Curitiba Oeste incluiu em sua programação um debate sobre “O Papel dos Rotary Clubs no Combate à Corrupção”. Nessa ocasião não tínhamos idéia de que o assunto despertaria tamanho interesse e que vários Clubes passariam a debater o novo tema, com tanta disposição e motivação.

Isto demonstrou o clamor dos rotarianos para que nossa organização se posicione nacionalmente sobre o assunto e que um grito rotário de “BASTA” ecoe em todos os Distritos do Brasil. Demonstrou também que os rotarianos estão dispostos a empunhar esta bandeira, obviamente dentro dos preceitos e bom senso que norteia nossa organização.

Não desejamos perseguir este ou aquele corrupto. Não desejamos imputar responsabilidades neste ou naquele partido político. Não desejamos ofender ou culpar nossos governantes. O que desejamos é pressionar de forma rotária nossas autoridades e esclarecer nossa população sobre a necessidade de se criar dispositivos eficazes e contundentes de combate à corrupção. Dispositivos estes que valham tanto para o Presidente da República, quanto para nossos filhos e netos. Dispositivos que coíbam novos atos de corrupção através de punição rápida e eficaz, tanto para o corruptor quanto para o corrompido.

Nosso País não comporta mais aumentos ou criação de novos impostos. Então temos que fazer o quê? Fazer como qualquer empresa privada faz em tempos de crise. Enxugar os custos, otimizar processos, manter estritamente os cargos necessários e ampliar o controle e o combate ao desperdício e mal uso das ferramentas disponíveis. 

Imagine que, antes de aumentar ou criar qualquer imposto ou taxa, nossos Governantes fossem obrigados a demonstrar por “A” + “B” o que tem sido feito para minorar o desperdício, eliminar o desvio de verbas, diminuir o efetivo e aproveitar estruturas criadas anteriormente. Também deveriam demonstrar o montante de verbas recuperadas, que haviam sido desviadas por corrupção.

Não há mais espaço para omissão. Temos que exigir competência das pessoas que escolhemos para nos representar e fiscalizar seu comportamento. Não há mais espaço para Imunidade Parlamentar, Foro Privilegiado e lentidão da Justiça. O Judiciário deve ser finalmente independente do Executivo e a CNJ exercer suas funções fundamentais.

E o Rotary? Através de seus fóruns semanais, devemos concatenar ações para atingir esses anseios legítimos do cidadão. Precisamos ser o fiel da balança, sem paixões partidárias e muito menos ambições políticas. 

Em suma, devemos aplicar a Prova Quádrupla a todo o momento. Se assim o fizermos, verificaremos que o ato de omissão ou complacência não é justo e muito menos benéfico para todos os interessados.

Sergio Luiz Sottomaior Pereira
Presidente 2011/2012
Rotary Club de Curitiba Oeste